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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

12.2015 - Apps de paquera provocam alta nos casos de HIV entre jovens, adverte ONU

DA BBC BRASIL - 02/12/2015

O aumento no uso de aplicativos de paquera é um dos principais fatores responsáveis por uma nova epidemia de HIV entre jovens homens gays, aponta um estudo do Unicef (braço das Nações Unidas para infância e juventude).
O foco da nova pesquisa, divulgada nesta semana, é a região da Ásia-Pacífico, que inclui países como China, Japão, Indonésia e Tailândia, além de nações da Oceania.

A conclusão é que a região - que concentra metade do 1,2 bilhão de adolescentes do mundo - enfrenta uma "epidemia oculta" de HIV entre jovens de 15 a 19 anos. Houve 50 mil novos casos nessa faixa etária em 2014, o que representa 15% das infecções registradas na região no período.

Apenas nas Filipinas, os registros absolutos anuais passaram de 800 para 1.210 entre 2010 e 2014, um salto de mais de 50%.

O estudo de dois anos conclui que aplicativos de paquera para celular elevaram as opções de sexo casual em uma escala sem precedentes.

"A explosão de aplicativos de paquera gay para smartphones expandiu como nunca as opções para sexo espontâneo casual - usuários dos aplicativos móveis na mesma vizinhança (quando não na mesma rua) podem se localizar e marcar um encontro sexual imediato com apenas alguns toques na tela", afirma o relatório da pesquisa.

Embora as confirmações de HIV positivo estejam caindo no quadro geral, os índices vêm avançando entre segmentos específicos da população da região, como jovens homens gays, homens que se relacionam sexualmente com homens, jovens que fazem sexo por dinheiro, jovens usuários de drogas injetáveis e jovens transgênero.

A epidemia avança mais rápido - sobretudo em grandes cidades, como Bangcoc (Tailândia), Jacarta (Indonésia) e Hanói (Vietnã) - entre homens jovens que fazem sexo com homens e jovens usuários de drogas injetáveis. Segundo o Unicef, essa tendência coincide com um aumento no comportamento de risco, como envolvimento sexual com múltiplos parceiros e uso irregular de preservativos.

"Jovens homens gays nos afirmaram com frequência que agora estão usando aplicativos de paquera para encontros sexuais, e que estão tendo mais sexo casual em decorrência disso. Sabemos que esse tipo de comportamento de risco aumenta a disseminação do HIV", afirmou ao jornal britânico The Guardian Wing-Sie Cheng, consultor do Unicef para HIV/Aids no leste da Ásia e Pacífico.

Pressão e exclusão

"Eu era muito vulnerável ao HIV antes mesmo de fazer 18 anos. Era quando estava explorando minha sexualidade e buscando meios de lidar com a pressão da escola e das grandes expectativas da família. Também tinha depressão crônica, principalmente diante de frustrações românticas. Por causa disso, mantinha sexo sem proteção com diferentes garotos que mal conhecia e que encontrei por redes sociais na internet", afirmou ao estudo um rapaz filipino de 28 anos, identificado apenas como J.A.

A pesquisa reconhece que os setores mais vulneráveis a epidemia são também os mais marginalizados, não raro rejeitados pelas famílias e ignorados por serviços públicos de saúde e educação.

"Embora as circunstâncias sociais e econômicas possam variar, são jovens afetados pelas inseguranças emocionais da adolescência, como a expectativa de cumprir papeis de gênero e baixa autoestima (...). Jovens também costumam acreditar que não correm risco, mesmo considerando que outros com o mesmo comportamento estão em perigo", afirma o relatório.

Tecnologia como educação

O estudo do Unicef cita a possibilidade de usar aplicativos de paquera populares na região, como Jack'd, Blued e Grindr, para promover educação sexual e estimular, por exemplo, os exames para verificação da infecção por HIV entre a juventude ultraconectada.

Os indicadores de inclusão digital na região atestam o potencial da ideia: são 3,7 bilhões de conexões móveis, 1,4 bilhão de usuários ativos de internet e quase 1 bilhão de usuários de redes sociais em dispositivos móveis.

"Estamos convencidos de que existe uma relação (entre uso de aplicativos e aumento nos casos de HIV), e que precisamos trabalhar melhor com os provedores de aplicativos para compartilhar informação sobre HIV e proteger a saúde dos adolescentes", completou Cheng ao jornal britânico.

Mas a estratégia pode não ser eficaz, como disse ao The Guardian Jesse Krisintu, que trabalhou em projetos de incentivo ao teste de HIV em jovens por meio de táticas como anúncios de aplicativos de paquera.

Segundo ele, uma iniciativa que oferecia descontos em testes de HIV nesses anúncios teve retorno pífio - a maioria dos usuários fechava a publicidade imediatamente.

"É o negócio deles (dos sites de paquera). Se anunciarem muito sobre HIV e Aids você acha que as pessoas irão usá-los?", questionou.

Mortalidade

Outra conclusão da pesquisa é que adolescentes são mais vulneráveis a morrer de causas relacionadas à Aids, por causa de fatores como diagnóstico tardio e menor propensão a buscar tratamento, muitas vezes por temor de estigmatização ou de expor a sexualidade a familiares ou autoridades.

Pelo menos 18 países da região criminalizam as relações homossexuais, o que desencoraja homens gays a buscar tratamento, segundo a ONU.

Apenas no sul da Ásia, as mortes ligadas ao HIV entre pessoas de 10 a 19 anos quase quadruplicaram de 2001 a 2014: elas foram de 1,5 mil pra 5,3 mil. Para a Unicef, se a epidemia da síndrome entre adolescentes não for combatida, não será possível cumprir a meta da ONU de retirar, até 2030, a Aids da lista de ameaças globais à saúde pública.
Embora o estudo da Unicef não aborde o Brasil, dados oficiais mostram que a incidência de infecção por HIV está aumentando entre jovens de 15 a 24 anos.


Segundo o Ministério da Saúde, o índice por 100 mil habitantes passou de 9,6 em 2004 para 12,7 em 2013. Foram 4.414 novos jovens detectados com o vírus em 2013, ante 3.453 em 2004. 

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Números

UNAIDS - Estatísticas

Esta página reúne um resumo das estatísticas sobre HIV e AIDS, disponíveis nos relatórios do UNAIDS bem como nos informativos mais recentes do Ministério da Saúde (para dados nacionais). Este conteúdo é atualizado de seis em seis meses. Para os dados completos mais recentes disponíveis, visite a página de publicações do UNAIDS Brasil e consulte também a página aids.gov.br para os dados oficiais do Ministério da Saúde.

ESTATÍSTICAS GLOBAIS SOBRE HIV 2017
  • 36,9 milhões [31,1 milhões–43,9 milhões] de pessoas em todo o mundo viviam com HIV em 2017
  • 21,7 milhões [19,1 milhões–22,6 milhões] de pessoas tiveram acesso à terapia antirretroviral em 2017
  • 1,8 milhão [1,4 milhão–2,4 milhões] de novas infecções pelo HIV em 2017
  • 940.000 [670.000–1,3 milhão] de pessoas morreram por causas relacionadas à AIDS em 2017
  • 77,3 milhões [59,9 milhões–100 milhões] de pessoas foram infectadas pelo HIV desde o início da epidemia
  • 35,4 milhões [25 milhões–49,9 milhões] de pessoas morreram por causas relacionadas à AIDS desde o início da epidemia.

Pessoas vivendo com HIV
  • Em 2017, havia 36,9 milhões [31,1 milhões–43,9 milhões] de pessoas vivendo com HIV
    • 35,1 milhões [29,6 milhões–41,7 milhões] de adultos
    • 1,8 milhão [1,3 milhão–2,4 milhões] de crianças (menores de 15 anos)
  • 75% [55–92%] de todas as pessoas vivendo com HIV conheciam seu estado sorológico positivo em 2017 (foram testadas para HIV)
Pessoas vivendo com HIV com acesso à terapia antirretroviral
  • Em 2017, 21,7 milhões [19,1 milhões–22,6 milhões] de pessoas vivendo com HIV tinham acesso à terapia antirretroviral, um aumento de 2,3 milhões em comparação com 2016 e de 8 milhões [7,1 milhões–8,3 milhões] em comparação com 2010
  • Em 2017, 59% [44%–73%] de todas as pessoas vivendo com HIV tiveram acesso ao tratamento
    • 59% [44%–73%] dos adultos com 15 ou mais anos vivendo com HIV tinham acesso ao tratamento, assim como 52% [37%–70%] das crianças de 0 a 14 anos
  • Em 2017, 80% [61%–>95%] das mulheres grávidas vivendo com HIV tinham acesso a medicamentos antirretrovirais para prevenir a transmissão do HIV para seus bebês
Novas infecções por HIV
  • O número de novas infecções por HIV caiu 47% desde o pico em 1996
    • Em 2017, houve 1,8 milhão [1,4 milhão–2,4 milhões] de novas infecções por HIV, em comparação com 3,4 milhões [2,6 milhões–4,4 milhões] em 1996
  • Desde 2010, as novas infecções por HIV entre adultos caíram cerca de 16%, de 1,9 milhão [1,5 milhão–2,5 milhões] para 1,6 milhão [1,3 milhão–2,1 milhões] em 2017
    • Desde 2010, as novas infecções por HIV entre crianças diminuíram 35%, de 270.000 [170.000–400.000] em 2010 para 180.000 [110.000–260.000] em 2017
Mortes relacionadas à AIDS
  • As mortes relacionadas à AIDS caíram mais de 51% desde o pico em 2004
    • Em 2017, 940.000 [670.000–1,3 milhão] pessoas morreram por doenças relacionadas à AIDS em todo o mundo, em comparação com 1,9 milhão [1,4 milhão–2,7 milhões] em 2004 e 1,4 milhão [1 milhão–2 milhões] em 2010
90–90–90
  • Em 2017, três em cada quatro pessoas vivendo com HIV (75%) conheciam seu estado sorológico para o HIV (foram testadas para HIV)
  • Entre as pessoas que conheciam seu estado sorológico, quatro a cada cinco (79%) tinham acesso ao tratamento antirretroviral
  • E entre as pessoas com acesso ao tratamento, quatro a cada cinco (81%) tinham carga viral suprimida
Mulheres
  • Todas as semanas, cerca de 7.000 mulheres jovens entre 15 e 24 anos são infectadas pelo HIV
    • Na África Subsaariana, três a cada quatro novas infecções são entre meninas com idade entre 15 e 19 anos. Mulheres jovens entre 15 e 24 anos têm o dobro de probabilidade de estarem vivendo com HIV do que homens
  • Mais de um terço (35%) das mulheres em todo o mundo sofreram violência física e/ou sexual em algum momento de suas vidas
    • Em algumas regiões, as mulheres que sofrem violência são 1,5 vez mais suscetíveis a se infectarem pelo HIV
Populações-chave
  • Populações-chave e seus parceiros sexuais representam:
  • 40% das novas infecções pelo HIV em todo o mundo
  •         95% das novas infecções pelo HIV no Leste Europeu e Ásia Central e no Oriente Médio e Norte da África
  •        16% das novas infecções pelo HIV na África Oriental e Austral
  • O risco de infecção pelo HIV é 27 vezes maior entre homens que fazem sexo com homens; 23 vezes maior entre pessoas que usam drogas injetáveis; 13 vezes maior entre profissionais do sexo; 12 vezes maior entre mulheres trans
HIV/Tuberculose (TB)
  • A tuberculose continua a ser a principal causa de morte entre pessoas vivendo com HIV
  •                 A tuberculose é responsável por cerca de uma a cada três mortes por causas relacionadas à AIDS
  • Em 2016, 10,4 milhões de pessoas desenvolveram tuberculose, incluindo 1,2 milhão de pessoas vivendo com HIV
  •                 Pessoas vivendo com HIV sem sintomas de TB precisam de terapia preventiva contra TB, que contribui para diminuir o risco de desenvolver TB e reduz as taxas de mortalidade por TB/HIV em cerca de 40%
América Latina

  • 1,8 milhão [1,5 milhão–2,3 milhões] de pessoas vivendo com HIV na América Latina em 2017
  • 1,1 milhão [992.000–1,2 milhão] de pessoas tiveram acesso à terapia antirretroviral na América Latina em 2017
  • 100.000 [77.000–130.000] novas infecções pelo HIV na América Latina em 2017
A cada dia, seis pessoas morrem vítimas da aids no estado de São Paulo
Em 2017, foram 4,8 óbitos por 100 mil habitantes, com um total de 2.146 mortes, em números absolutos. Dez anos atrás, a taxa foi de 7,9 óbitos por 100 mil habitantes, com um total de 3.227 mortes. Ainda assim, no ano passado, 6 pessoas morreram diariamente por aids no estado de São Paulo.
A taxa de incidência de aids no Estado de São Paulo teve queda de 31,3% na última década. É o que aponta o Balanço do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo. Em 2017, a taxa foi de 14,9 casos por 100 mil habitantes, contra 21,7 casos dez anos atrás. Em números absolutos, foram 8.763 casos em 2008, e 6.505 casos em 2017.
Além disso, pela primeira vez na década, o número de novos casos de HIV apresenta declínio, caindo de 9.185 casos em 2016 para 8.536, no ano passado – queda de 8%. No sexo masculino, a taxa de detecção diminuiu de 42 para 39,1 novas infecções por 100 mil habitantes nos dois últimos anos e, entre mulheres, de 10,1 para 8,9 infecções por 100 mil habitantes. Esses dados são provisórios e devem ser analisados com cautela, pois podem refletir atraso de notificação.
“É importante ressaltar que estar infectado pelo HIV não significa ter aids. Hoje em dia, uma pessoa com HIV que tem acesso ao teste e ao tratamento em tempo oportuno, não irá evoluir para a doença”, afirma o coordenador do Programa Estadual de DST/Aids, Artur Kalichman.
Embora os casos de aids estejam diminuindo, nessa década, o número de casos novos notificados pelo HIV cresceu 3,5 vezes entre homens jovens que fazem sexo com homens em São Paulo. A cada 100 mil homens, o salto foi de 17,8 em 2008 para 39,1 em 2017, sendo que a  maior concentração é entre jovens de 20 a 24 anos, com 88,3 novas infecções por 100 mil habitantes, no ano passado.
“É importante ampliar as estratégias de prevenção para que os jovens adotem práticas sexuais mais seguras, e incentivar a testagem para que esta população tenha acesso ao tratamento em tempo oportuno”, avalia Rosa de Alencar Rosa, coordenadora adjunta do Programa Estadual DST/Aids-SP.
Já entre as mulheres, houve queda de 9,3 novos casos de HIV para 8,9 por 100 mil habitantes, na década. A predominância é na faixa etária de 25 a 29 anos, com 13,1 casos a cada 100 mil habitantes.
Desde 1980 até o primeiro semestre de 2018, foram notificados 267.926 casos de aids em São Paulo. Somente nos últimos dez anos, foram 82.649 casos, com 27.562 óbitos.

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Segundo Unicef, 80 adolescentes poderão morrer diariamente de aids no mundo até 2030
Até 2030, cerca de 80 adolescentes vão morrer todos os dias de AIDS se não acelerarmos o progresso na prevenção da transmissão, disse na quinta-feira (29) a chefe do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Henrietta Fore. Às vésperas do Dia Mundial Contra a Aids, 1º de dezembro, a agência da ONU divulgou um novo relatório sobre a epidemia de HIV entre os jovens.
De acordo com o levantamento, 3 milhões de pessoas com 19 anos ou menos estão infectadas com o HIV em todo o mundo. Mais da metade das crianças que morrerão de aids não chegarão aos cinco anos de idade, revela a pesquisa.
“O relatório deixa claro, sem uma sombra de dúvida, que o mundo está fora do caminho no que diz respeito a acabar com a AIDS entre crianças e adolescentes até 2030”, disse Fore. O fim da aids é uma meta ambiciosa, concebida pela coalizão de agências da ONU para pôr fim à epidemia. Essa aliança se consolidou no Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids).
Segundo a publicação “Crianças, HIV e aids: O Mundo em 2030”, as tendências atuais indicam que mortes relacionadas à aids e novas infecções estão em redução, mas a trajetória descendente não está acontecendo rápido o suficiente.
Esforços para prevenção e tratamento da infecção, destacou Fore, ainda estão fora do desejado, especialmente no que diz respeito à transmissão do HIV de mães para bebês. “Programas para tratar o vírus e impedir que se propague entre crianças mais velhas não estão nem perto de onde deveriam estar”, acrescentou a dirigente.
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03/12/2018
Mais de 2,1 milhões de pessoas vivem com HIV na América Latina e Caribe
Na América Latina e Caribe, mais de 2,1 milhões de pessoas vivem com HIV. Desse grupo, 1,6 milhão (76%) sabe que tem o vírus. As estimativas foram divulgadas no sábado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), por ocasião do Dia Mundial contra a Aids. Organismo regional convocou cidadãos a fazerem o teste de HIV, uma medida importante para impedir o avanço da epidemia.
Na avaliação da agência da ONU, o conhecimento do estado sorológico para o HIV, combinado à ampliação do acesso ao tratamento antirretroviral, levou a uma queda de 12% nas mortes relacionadas à aids na América Latina ao longo do período 2010-2017. No Caribe, o índice foi ainda mais alto — 23%.
Mas apesar dos progressos, a taxa de novas infecções por HIV na América Latina permanece inalterada em cerca de 100 mil por ano – uma redução de apenas 1% desde 2010. O avanço no Caribe foi muito mais rápido, com uma diminuição de 18% nas novas infecções desde 2010. O teste de HIV é um elemento vital para conter a disseminação do vírus e garantir uma melhor qualidade de vida para quem vive com o HIV.
Quando consideradas as duas sub-regiões, um terço das pessoas com HIV só é diagnosticado após ficar doente e sintomático, quando sua imunidade já foi seriamente comprometida e após a exposição de seus parceiros sexuais à possível transmissão do HIV.
Em todo o continente americano, as principais populações em risco de contrair o HIV continuam a perder serviços vitais de prevenção e acompanhamento.
“As Américas fizeram importantes progressos na luta contra a AIDS e parte disso se deve ao fato de que mais de três quartos das pessoas vivendo com HIV foram testadas e quase 80% delas estão em tratamento”, avalia diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis e Determinantes Ambientais de Saúde da OPAS, Marcos Espinal.
“O Dia Mundial da AIDS nos lembra que, apesar desses ganhos, uma em cada quatro pessoas com HIV na região ainda não sabe seu status, não iniciou o tratamento e, portanto, corre maior risco de morrer prematuramente e infectar outras pessoas.”
A maioria das novas infecções nas Américas ocorre entre gays e homens que fazem sexo com homens. Esses grupos representam 41% dos novos casos de HIV na América Latina e 23% no Caribe. Profissionais do sexo e seus clientes, mulheres transexuais e pessoas que fazem uso de drogas injetáveis também são desproporcionalmente afetadas pelo HIV.
O diagnóstico oferece aos indivíduos uma oportunidade única de conhecer seu estado sorológico, além de permitir o rápido início do tratamento para quem tiver o vírus. O exame também serve como uma porta de entrada aos serviços de prevenção, que podem ajudar as pessoas com maior risco de contrair o HIV a permanecer negativas.
“Reduzir novas infecções pelo HIV é fundamental para acelerar a resposta ao HIV/aids nas Américas”, acrescentou Espinal. “Para conseguir isso, precisamos abordar as barreiras, como o estigma e a discriminação, que impedem que as populações-chave tenham acesso aos serviços de testagem e tratamento e exerçam plenamente o seu direito à saúde.”
A OPAS recomenda que os sistemas de saúde ampliem as opções de testagem para HIV, incluindo o autoteste, que pode ser feito em casa ou em outros locais que não sejam estabelecimentos de saúde. A realização desses exames tem horários flexíveis e resultados que saem no mesmo dia.
A agência regional também propõe que a idade em que os jovens podem se submeter a testes de HIV sem consentimento de um dos pais ou responsável seja reduzida de acordo com as recomendações da Convenção sobre os Direitos da Criança. Isso é particularmente importante, uma vez que aproximadamente um terço das novas infecções por HIV ocorrem entre jovens com idades entre 15 e 24 anos.
Além da expansão dos serviços de detecção do HIV, a OPAS defende o fornecimento da profilaxia pós-exposição (PEP) para quem foi exposto ao HIV e da profilaxia pré-exposição (PrEP) para quem tem um risco substancial de infecção. Essas medidas devem fazer parte do pacote integral de serviços de prevenção.
Fonte: ONU
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01/12/2018 - 20h50
América Latina tem 500 mil pessoas que portam o HIV sem saber, diz Opas
A Organização Pan-americana da Saúde (Opas) informou nesta sexta-feira em Washington (Estados Unidos) que cerca de 500 mil pessoas tem o vírus HIV na América Latina e no Caribe e não sabem, ou seja, uma a cada quatro.
“Know your status” (“Saiba seu status”, em tradução livre) é o slogan da campanha do Dia Mundial de Combate a Aids deste ano e que há 30 é lembrado todo 1º de dezembro. De acordo com a organização, mais de 2,1 milhões de pessoas vivem com o HIV na região, sendo que apenas 1,6 milhão sabe que é portadora do vírus. Segundo a Opas, o teste para detectar é fundamental para proteger casais, evitar novas infecções e permitir que aquelas pessoas que foram diagnosticadas com o vírus iniciem rapidamente o tratamento que salva vidas.
Graças à disseminação dos exames e a um maior acesso ao tratamento, entre 2010 e 2017, as mortes relacionadas à Aids caíram 12% na América Latina e 23% no Caribe, conforme um comunicado da instituição. Apesar dos avanços, a taxa de novas infecções na América Latina se mantém em cerca de 100 mil por ano, com uma redução de apenas 1% desde 2010. O progresso no Caribe foi muito mais rápido, com diminuição de 18% nas novas infecções. Mesmo assim, em toda a região os grupos de maior risco continuam ficando fora dos serviços vitais de prevenção e acompanhamento.
“O Dia Mundial de Combate a Aids nos lembra que, apesar desses ganhos, uma em cada quatro pessoas com HIV na região ainda não sabe seu status, não começou o tratamento e, portanto, corre maior risco de morrer prematuramente e infectar outras pessoas”, disse o diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis da Opas, Marcos Espinal, em comunicado.
Conforme dados da instituição, 41% dos novos casos da América Latina e 23% dos novos casos do Caribe ocorrem com gays e homens que fazem sexo com homens. Profissionais do sexo e seus clientes, mulheres trans e pessoas que fazem uso de drogas injetáveis também estão entre os grupos de maior incidência da Aids.
“Precisamos abordar barreiras, como o estigma e a discriminação, que impedem que populações-chave tenham acesso aos testes e aos tratamento e consigam exercer plenamente o seu direito à saúde”, concluiu o diretor.
Fonte: UOL

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